IAT captura duas onças-pardas na região em menos de uma semana; vídeos
Técnicos do Instituto Água e Terra (IAT) capturaram mais uma onça-parda em Marialva. O animal foi capturado em Santa Fé do Pirapó, distrito de Marialva, na manhã desta quinta-feira, 29.
Provavelmente, o felino é da mesma família da onça capturada na sexta-feira, 23. O animal foi examinado por veterinários e está sendo levado para uma reserva ambiental.

Na semana ada, o IAT capturou uma onça-parda em uma propriedade rural em Marialva. O felino vinha matando animais de criação nas propriedades da região e foi solto no mesmo dia em uma reserva de grande extensão e distante do município.

“Nós recebemos denúncia e ligações na semana retrasada, lá pelo dia 15 e 16 de maio. O pessoal tinha observado a presença de um animal que estava atacando e comendo os animais domésticos. Em um desses sítios, o produtor instalou uma câmera de presença perto dos animais e a onça foi identificada. Nós instruímos para que fizessem barulho, soltassem rojões, iluminassem o pátio, para que o animal fosse afugentado. Isso foi feito durante a semana toda e, na madrugada para o dia 23, o animal foi capturado na armadilha. Fizemos o transporte para uma área apropriada, um parque estadual aqui na região, na margem do rio Paranapanema, e o animal foi solto no final da tarde. Foi feito com acompanhamento de uma médica veterinária a todo momento. O animal estava bem, só muito assustado e estressado, e nós realizamos a soltura”, explicou o agente fiscal do IAT, Heriton Rui de Freitas.
De acordo com Freitas, está cada vez mais comum encontrar animais silvestres em propriedades rurais – e até em áreas urbanas – por conta da proibição da caça e consequente procriação das espécies.
“A lei proíbe a caça e o pessoal ultimamente tem respeitado, não tem mais caçado. Então, o animal foi se procriando. Voltou de novo a ocorrer e tem aumentado mesmo a população. E como tem fartura de alimento com as criações, eles vão aumentando a população e vão se aproximando das casas. E até mesmo na cidade, à noite. Em alguns casos, as pessoas até se aproximam e o animal vai perdendo medo, o que não é bom. […] Não tem como a gente manter ele em cativeiro. O animal tem que ser reintegrado na natureza. Não está faltando alimento na mata, mas os animais domésticos são mais fáceis de capturar. Ele entra, ataca e vai embora. Aí volta dois, três dias depois”, esclareceu o agente.