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Conheça o projeto para a conclusão da Catedral de Maringá 6j1s4k
Por Brenda Caramaschi com colaboração de Luciana Peña/ CBN Maringá Publicado 12/02/2025 às 18h14
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Projeto de finalização da Catedral de Maringá deve melhorar aproveitamento dos 20 andares do templo que é símbolo da cidade. Foto: PMM
A Catedral de Maringá está vendendo gavetas no cemitério vertical que fica no templo, a Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. Cada gaveta a um ossário ou até três urnas com cinzas. O cemitério tem 1500 espaços, dos quais 600 estão ocupados. Os outros 900 estão à venda. A venda desses espaços faz parte do esforço para arrecadar recursos e concluir o projeto do templo religioso, que inclui biblioteca e uma cafeteria no mirante.
A estimativa é que para concluir a Catedral sejam necessários R$ 10 mi. O diácono Jair Benalia explica que a Catedral de Maringá nunca foi concluída. De aproximadamente seis mil metros quadrados de construção, cerca de 2.500 m2 estão em uso “Foi construído o templo, a nave central, a onde nós fazemos as celebrações, a cripta, mas todos os demais andares da paróquia da Catedral estão por ser feitos. O museu, a restauração do próprio cemitério, mirante, tudo isso nós queremos fazer com a arrecadação da venda desses lóculos do cemitério”, disse o diácono em entrevista à rádio CBN Maringá.
A venda desses espaços no cemitério da Catedral de Maringá sempre existiu, mas agora está sendo feita uma campanha para acelerar a arrecadação de recursos, uma vez que o projeto para a conclusão da obra está finalizado, depois de aproximadamente três anos. “Agora estamos tornando ele público e queremos então angariar recursos para dar uma velocidade nesse processo de terminar tudo aquilo que ainda ficou por construir na paróquia”, afirma o diácono.
Conheça o projeto da Catedral de Maringá 3c202h
Projeto assinado por Simone Kay mostra, andar a andar, como deve ser utilizado o interior da Catedral de Maringá após a obra
O projeto da finalização da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória, um dos maiores símbolos da cidade e referência nacional por seu formato diferenciado, em cone, é assinado pela arquiteta Simone Kay e preserva a originalidade da Igreja, resgata sua história e cria novos espaços imersivos e interativos para reflexão, além de criar três andares dedicados a museus.
Veja vídeo com os museus que devem ser instalados na Catedral de Maringá, conforme projeto da arquiteta Simone Kay
“Nós precisamos primeiro ter respeito pela herança deixada pelo autor do projeto, que é o José Augusto Bellucci, e também pelas obras que lá estão, que são do Zanzal. Então tudo o que nós pensamos foi realmente no respeito a todas as pessoas que um dia aceitaram, que validaram aquele projeto e também aos autores dos projetos. A renovação interna, ela se faz realmente necessária para garantir essa preservação do legado, do que já existe, porém proporcionando ambientes renovados que possam refletir tanto a parte da tradição, do que já existiu, das memórias das pessoas das quais fizeram parte dessa história, quanto as nossas demandas atuais. Então nós pensamos um projeto por completo que pudesse ajudar nas questões das demandas da própria igreja, quanto também fomentar ali um turismo sacro, onde as pessoas pudessem utilizar de espaços que pudessem trazer a espiritualidade, o convívio com a comunidade”, explica a arquiteta. O desafio de respeitar o design original e atender às demandas contemporâneas incluiu nos 20 andares do templo espaços dedicados, por exemplo, à expansão do próprio cemitério vertical, melhorias no mirante e a criação de um café e uma biblioteca.
Para além das questões técnicas, o projeto faz parte da história pessoal da arquiteta.“O projeto da Catedral, para nós, foi realmente um presente muito especial. Somos participantes da liturgia há muitos anos na Catedral. É a igreja da qual meus pais frequentavam desde quando éramos crianças. Foi lá que a grande parte dos sacramentos da minha vida foram realizados também, onde eu iniciei a vida cristã da minha filha, onde ela foi batizada. Então acredito que por este motivo, por realmente ter uma vivência litúrgica, diária, de caminhada, que eu tenha sido escolhida para esse projeto”.
Dos três andares dedicados à museus, o primeiro será voltado à história de Maringá e sua relação com a construção da Catedral, o segundo abrigará um acervo exclusivo sobre Dom Jaime Luiz Coelho, o primeiro arcebispo de Maringá e o terceiro, denominado “Museu Vivo”, proporcionará uma exposição dinâmica e itinerante, exibindo peças sacras, vestes litúrgicas e objetos históricos que poderão circular por outras igrejas do Brasil. Um padre especialista em museus e acervos religiosos de Minas Gerais foi consultado durante o levantamento.
Em outro andar, um tour virtual em 360° permitirá que os visitantes apreciem uma visão aérea da cidade e explorem os detalhes da arquitetura. O mirante, localizado no topo do cone central, será reformulado com um piso de vidro, proporcionando uma experiência única de observação panorâmica do interior da Catedral de Maringá. Segundo a arquiteta, ainda não há prazo para as obras começarem.
Vídeo mostra projeto de Simone Kay para o mirante da Catedral de Maringá, que terá priso de vidro e visão panorâmica da nave do templo.
Pauta do Leitor 5l1h14
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