Nós usamos cookies para melhorar a sua experiência em nosso site, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao ar nosso portal, você concorda com o uso dessa tecnologia. Saiba mais em nossa Política de Privacidade.
EP coletivo criado durante residência será lançado sábado 1m3f4w
Por Brenda Caramaschi Publicado 06/06/2025 às 16h59
Ouvir: 00:00
Oito artistas compam seis faixas musicais inéditas de forma coletiva, durante uma residência de imersão em uma chácara. / Foto: Lírica Aragão / Matheus Juvencio
Neste sábado (7), às 20h, a produtora Casa Amarela vai lançar um EP colaborativo criado durante uma residência artística promovida pela produtora no início de fevereiro. Oito artistas compam seis faixas musicais inéditas de forma coletiva. São canções que transitam pelo rap, R&B, pop, rock e dance – estilos tão distintos quanto são os artistas selecionados para participar do projeto: Vanessa Cruz, Puyol, Majis, Guilherme Freire de Almeida, Leffs, Débora Louize, Adilson Filho e Amana. O lançamento também inclui a exibição do EP visual, composto por seis videoclipes traduzidos em Libras.
As composições surgiram durante uma residência onde todos participaram de encontros sobre expressão corporal e prática de grupo com Victor Lovato; escrita e composição com Mayara Blasi; instrumentos virtuais com Chá di Lirian; e voz e performance com Ariadine Gomes. Essas oficinas contribuíram para fortalecer a conexão entre os artistas e desbloquear novas formas de criação. A equipe de produção musical inicialmente dividiu a equipe em duplas e em trios se intercalando até que surgissem as músicas.
Todos os participantes já trabalhavam com arte de maneira independente e se dispam a ficar em uma chácara, por uma semana, totalmente focados no trabalho de composição. / Foto: Lírica Aragão / Matheus Juvencio
“A ideia da residência surgiu de uma vontade que a gente, como equipe, sempre teve de fazer esse evento de todo mundo compor junto e tudo mais, mas de uma maneira em que a gente conseguisse trazer um produto com isso. Essa vivência de gravar e produzir em uma chácara é uma coisa que existe faz muito tempo. A gente tem muitos documentários de outros grupos, bandas fazendo isso. E a gente viu a necessidade aqui em Maringá, principalmente, de tentar retomar essas pessoas para essa maneira orgânica de se compor. Uma tocando, a outra sugerindo uma coisa e aí muda na hora e tudo mais”, diz Nicholas Emmanuel, produtor musical da residência.
Todos os participantes já trabalhavam com arte de maneira independente e se dispam a ficar em uma chácara, por uma semana, totalmente focados no trabalho de composição. Mas era preciso atender a uma série de critérios. “A seleção dos residentes foi feita a partir de um método que a gente propôs já na inscrição do projeto. A gente separou categorias que a gente acredita ser relevante para o projeto, para além disso também levando em consideração características sociais das pessoas, porque é uma coisa que a gente conta e a equipe preza muito. E a gente pontuou as pessoas baseado nos currículos que elas tinham e no material que elas mandaram pra gente na hora da inscrição. A gente não queria pegar nenhum artista já consolidado, já grande”, explica o produtor.
Todos os participantes aram por todas as músicas e não necessariamente quem escreveu cantou a própria letra. Ideias e rabiscos foram transformados em canções prontas. “Para mim, foi uma experiência muito enriquecedora, porque por meio dessa experiência, da troca e das oficinas, enfim, essa experiência muito colaborativa, eu sinto que eu consegui chegar em lugares da minha composição que talvez eu não tivesse chegado antes dessa forma, não tão rápido. E de alguma maneira me prova que dá pra fazer coisas muito legais. Espero que as pessoas aceitem bem as músicas que foram produzidas com essa galera pesada durante esses sete dias e que atravesse muita gente por aí, porque realmente foi feito com muito coração, muita entrega e é um resumo, assim, de certa maneira do que atravessou todo mundo que estava lá durante esses dias”, diz Leffs, uma das artistas participantes do projeto.
“Você percebe que os residentes todos andaram em todas as músicas”, diz a diretora musical, Ariadine Gomes, sobre a produção durante a residência. / Foto: Lírica Aragão / Matheus Juvencio
“A gente tá bem ansioso para o lançamento, porque foi muito intenso. A gente virou uma grande matilha, né? A gente cria vínculos. E porque é isso, quando a gente compõe, a gente fala da nossa vivência também, da nossa profundidade. A gente partilhou muito sobre as histórias uns dos outros. A gente falou sobre os trabalhos uns dos outros, a vida uns dos outros, a gente se conheceu, a gente se aprofundou. Então, o que sai desse EP é vínculo, é o coletivo, é uma grande verdade de nós mesmos. E quando a gente ouve o EP, é isso que a gente sente. Não é música de fulano, ciclano e beltrano, você percebe o coletivo, você percebe que os residentes todos andaram em todas as músicas. A gente espera que vocês gostem. Foi um processo de grande crescimento para nós também, de compreender a arte do outro. A gente trouxe para eles saírem da caixinha. Foi um trabalho bem minucioso. Nós tivemos muito carinho, muita atenção. Esse EP é nosso, para que todos se sintam pertencentes, para a arte, para a cultura”, diz a diretora musical, Ariadine Gomes.
Serviço 3y3762
Lançamento do EP coletivo da Residência Casa Amarela Quando: 07/06 (sábado) às 20h Onde: Casa Amarela (Rua Maria Thereza Bergamasco, 457) Evento com Intérprete de Libras Entrada gratuita
Pauta do Leitor 5l1h14
Aconteceu algo e quer compartilhar? Envie para nós!