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09 de maio de 2025

Sustentabilidade e negócios 1o3x6f


Por Luana Ribeiro Publicado 28/04/2025 às 10h50
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A sustentabilidade empresarial deixou de ser uma alternativa e ou a representar um pilar estratégico fundamental para organizações que buscam competitividade, inovação e relevância social. Nesse contexto, práticas sustentáveis, como as previstas nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 e nos critérios ESG (Environmental, Social and Governance), têm sido progressivamente integradas aos modelos de negócio como resposta às crescentes exigências do mercado e da sociedade.

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Foto: Freepik

A sustentabilidade tornou-se um fator estratégico essencial para empresas de todos os portes e setores. De acordo com o Sebrae, ela deve ser integrada ao modelo de negócios, permeando todas as operações e parcerias, e não apenas como uma ação isolada. Estudos indicam que, embora 48,7% das empresas considerem a sustentabilidade “muito importante” em sua estratégia, 43,6% delas ainda não possuem orçamento específico para essa.

A implementação eficaz da sustentabilidade requer uma revisão do planejamento estratégico, envolvendo todas as áreas da organização. É fundamental estabelecer um diálogo com stakeholders, como clientes, fornecedores e colaboradores, para entender suas expectativas e necessidades, o que pode influenciar diretamente as ações sustentáveis da empresa.

Entre os benefícios da sustentabilidade estratégica, destacam-se a valorização da imagem da empresa, redução de custos operacionais através da otimização de recursos, o a novos mercados e financiamentos, e melhoria na qualidade de vida dos colaboradores. Empresas que adotam práticas sustentáveis tendem a ser mais competitivas e resilientes, além de contribuir positivamente para o meio ambiente e a sociedade.

Um exemplo que pode ser citado sobre o vínculo da sustentabilidade com negócios seria o conceito ESG (Environmental, Social and Governance) refere-se à integração de práticas ambientais, sociais e de governança nas estratégias empresariais. Originado em 2004 por meio de uma publicação do Pacto Global em parceria com o Banco Mundial, o termo ganhou relevância no mercado financeiro, sendo considerado essencial nas análises de riscos e decisões de investimentos. Estudos indicam que até 2025, 57% dos ativos de fundos mútuos na Europa estarão em fundos que consideram os critérios ESG, representando US$ 8,9 trilhões. No Brasil, fundos ESG captaram R$ 2,5 bilhões em 2020, com mais da metade da captação proveniente de fundos criados nos últimos 12 meses.

A adoção de práticas ESG pelas empresas brasileiras tem se intensificado, refletindo uma preocupação crescente com a sustentabilidade e a responsabilidade social. Empresas que implementam essas práticas tendem a apresentar melhor desempenho financeiro, reputação aprimorada e maior resiliência diante de desafios econômicos e sociais. Além disso, a conformidade com os critérios ESG está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, evidenciando o compromisso das organizações com metas globais de sustentabilidade.

Diante disso, outra iniciativa essencial que podemos citar são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que estão disponíveis no United Nations (2025) constituem uma agenda global conhecida como Agenda 2030, estabelecida durante a Cúpula das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Essa agenda compreende 17 objetivos interligados e 169 metas específicas a serem alcançadas até 2030, visando erradicar a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, além de promover paz e prosperidade para todos. Os ODS abrangem quatro dimensões principais: ambiental (proteção da biodiversidade, combate ao desmatamento e às mudanças climáticas), social (saúde, educação e justiça), econômica (uso sustentável de recursos naturais e energia) e institucional (capacidade de implementação das metas).

Com isso, diversas empresas têm incorporado os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em suas estratégias corporativas, promovendo práticas alinhadas à Agenda 2030. A MRV, maior construtora do Brasil, desenvolve ações voltadas a 15 dos 17 ODS, como o reuso de água, controle rigoroso da cadeia de fornecedores e instalação de painéis solares. A Natura, por meio do Programa Amazônia, promove o uso sustentável dos recursos naturais com base nos ODS. A Unilever, por sua vez, elaborou um plano de sustentabilidade com metas integradas a essa agenda global. A adesão a esses objetivos refletiu positivamente no desempenho das empresas, que, em 2016, apresentaram crescimento 50% superior ao das demais, evidenciando a valorização do consumo responsável por parte dos clientes.

Para integrar os ODS às estratégias empresariais, é essencial que a empresa compreenda as metas específicas e selecione aquelas que dialogam diretamente com seu modelo de negócio. A comunicação interna eficaz, com palestras e rodas de diálogo, é recomendada para engajar os colaboradores. A responsabilidade social corporativa deve estar alinhada à cultura organizacional e ser compreendida por todos os setores, inclusive stakeholders externos, como fornecedores e consumidores.

Diante dos desafios socioambientais contemporâneos, torna-se imprescindível que as empresas incorporem a sustentabilidade de maneira transversal em suas estratégias e operações. A adoção de práticas alinhadas aos ODS e aos critérios ESG tem se mostrado eficaz não apenas na mitigação de impactos ambientais e sociais, mas também na geração de valor econômico, fortalecimento da reputação institucional e aumento da competitividade.

Além dessas diretrizes, metodologias como a economia circular, o triple bottom line e o capitalismo consciente complementam a agenda sustentável ao propor modelos de negócios regenerativos, baseados na eficiência de recursos, na valorização do capital humano e no propósito social das organizações. Ao integrar essas abordagens em sua governança, planejamento e cultura organizacional, as empresas não apenas respondem às demandas do mercado e dos stakeholders, como também se posicionam como protagonistas na construção de um futuro mais justo, resiliente e sustentável.

Pauta do Leitor 5l1h14

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